quinta-feira, 10 de abril de 2008

Poema de Morte

Queria que você morresse
Queria, aliás, que nem tivesse nascido
Desgraça na minha vida foi ter te conhecido
E te ter quisto para sempre
Maldigo o dia em que me apareceste
Com toda a pompa de um barroco
Nos seus paradoxos quase inocentes
Me destruindo aos poucos
Me derrubando aos blocos
Me abalando os muros.
Saindo, sem apoio, nem muros,
Dei com a cara no vácuo.
Descobrindo-me, estava ensagüentada no chão.
A perícia não te incrimina, pois não havia vestígios de ti
Fora do meu coração.
Tratam-me como louca e a tentativa de suicídio pode ter sido depressão.
Hoje, de longe me olhas, como ser rastejante ao chão,
Massacrada, derrubada, ainda pisas no meu coração.
Ser indigesto!
Prefiro hoje entregar-me aos vermes!

2 comentários:

Flávia Fabri Cesário disse...

Cris, que angústia! Que dor!
Calma, que as coisas entrarão nos eixos.
Força!
Beijo!

Anônimo disse...

Gostei da coragem e da sinceridade.
É assim que se fala.

Beijos!

Alcides