Era uma sala grandiosa com pouca luminosidade. A construção aparentava ser muito antiga, com traços arquitetônicos clássicos e luxuosos. Nobreza e requinte eram transmitidos pelas paredes em tom bege; pelo acabamento em gesso trabalhado, recoberto por uma fina pasta dourada e pela pomposa escadaria em madeira de lei, que levaria ao andar superior daquele palacete.
Ele me tomou pelas mãos, acolheu-me confortavelmente entre seus braços e subimos.
Ao final das escadarias, um salão nobre onde estavam harmonicamente expostas peças de grandes artistas: Da Vinci, Monet, Manet, Declacroix, Michelangelo, Rembrandt, Velásquez, Caravaggio, Renoir, Van Gogh, Picasso, Miró, Dalí...
Estava muito frio, a tempestade de neve da noite anterior havia coberto toda a paisagem. E da janela avistava a paisagem branca e gélida.
Novamente, ele segura docemente minhas mãos, chama minha atenção para as obras e discursa com segurança sobre a história e os detalhes de cada quadro, cada escultura
Nunca tinha visto aquele lugar antes.
Assustada, vejo-me em minha cama...
=)
2 comentários:
Tatha,
Me lembro de ter comentado aqui, mas acho que não foi concluído.
Eu disse mais ou menos assim:
Era um sonho?
Você continua linda em suas descrições.
Beijos!
Alcides
Obrigada, Alcides
Penso que essa é uma caracteristica que nasceu naturalmente nos meus textos.
Engraçado isso...
Quando estuva Literatura no colégio, Realismo era a escola que eu mais detestava. Achava as obras densas, cansativas, detalhistas, narrativa lenta, monotona. Lê-las era um martírio. Hoje cá estou eu descrevendo os meus cenários nos mínimos.
Maturidade talvez... os anos vão passando e aprendemos a valorizar as coisas que não víamos/compreendíamos.
Hoje, ao meu ver, os detalhes enriquecem e me transportam. Parece que sinto o ambiente...
Loura de escritor metido a besta isso...rs.
=)
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