quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Um amor maior que eu





ELE anda cansado das baladas e dos casos furtivos sem sentimentos. Aprendeu a gostar da própria companhia, sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às suas manhãs, que seja a melhor companhia para olhar a lua. Que ele possa exibir os seus dons na cozinha e o seu conhecimento em vinhos, só para ela.

Quer uma mulher que ele reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quer viver uma paixão tranqüila e turbulenta de desejos… quer ter para quem voltar depois de estar com os amigos, sem precisar ficar “caçando” companhias vazias e encontros efêmeros. Quer deitar no tapete da sala e ficar observando enquanto ela, de short jeans, camiseta e um rabo de cavalo, lê um livro no sofá, quer deitar na cama desejando que ela saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego.
Quer brincar de guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quer o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte. Quer provar que pode fazer essa mulher feliz!

ELA quase deixou de acreditar que seria possível ter vontade de se envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e frustrações que pensou em seguir sozinha para não mais se machucar. Então percebeu que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que possa acordá-la com um abraço que fará o seu dia feliz, quer um homem que ela possa cuidar e amar sem receios de que está sendo enganada. Quer a alegria dos finais de semana juntinhos, as expectativas dos planos construídos, o grito de “gol” estremecendo a casa quando o time dele estiver ganhando… a cumplicidade em dividir os segredos.
Quer observá-lo sem camisa, lendo o jornal na varanda… quer reclamar da bagunça no banheiro, rindo e gritando quando ele revidar puxando-a para o chuveiro, completamente vestida.
Quer a certeza de abrir a porta de casa e saber que mesmo ele não estando, chegará a qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que ela gosta tanto. Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele.
Quer provar que pode fazer esse homem feliz!

ELES estão por aí… sonhando um com o outro… talvez ainda nem se conheçam… mas é só uma questão de tempo, até o destino unir essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?


Via Facebook

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Carta ao namorado da minha ex

Você sabe que não deve fazer cócegas nela porque a machucam? Sabe a diferença dos seus sorrisos sarcásticos e felizes? Sabe que não deve opinar sobre sua família, nem falar mal dos seus antigos namorados? Só de mim, eu sei. Creio que você não tem ideia do que é dormir com ela. Dormir, não foder. Foder, também. Mas dormir. Dormir e acordar ao lado dela. A vida dela é torta. Não se esqueça disso. Ela sempre acorda com sono, mas, quase duas da madrugada, fica se remexendo na cama caçando o tal sono que perdeu pela manhã.

Pra ela, tudo tem nome de “coisa”. O controle remoto é uma “coisa”. A bolsa é uma “coisa”. O talher é uma “coisa”. Até o cachorro é uma “coisa”. Certa vez, ela disse mô-tô-sentindo-uma-coisa-estranha. Pra mim, era um mau pressentimento. Ou fome. Ou cólica. Sei lá. Era amor. Amor-coisado, ela disse.

Ela me amava, cara.

Ela é toda sinais. Corta o cabelo quando quer mudar de vida. Mais de cinco centímetros é porque ela quer revolucionar o mundo. Cuidado nesses momentos. As cores das unhas e das lingeries determinam sua libido. Quando põe batom, pensa em beijar. Brilhos nos lábios, também. Saiba disso, cara.

Mas ela, também, sabe fingir. Vai fingir não se importar, ser forte, ser sabida ou esperta. Vai fingir até que não precisa de você, mesmo quando ela estiver com trinta e nova de febre e batendo recordes de espirros por segundo. Não ligue. É porque ela não quer que você a encontre com o nariz todo vermelho, tossindo feio e com a garganta inflamada. Mesmo sem ela deixar, vá visita-la e cuide dela. Por mim e por você.

Ela fuma quando fica brava ou quando bebe. Bebe quando quer, sem ocasiões especiais. Certo dia, acordou num domingo bebendo vodca no café da manhã. Mas ela sabe aproveitar um belo achocolatado, também. Vai parecer durona, vez em quando. Mas é menininha, vai por mim. Faça carinho na bochecha. Ela não irá resistir.

Ela não se importará em dividir a conta. Caso você proponha pagar tudo, ela não deixará, mas mesmo assim ficará feliz com a tua atitude. E com um tempo, ela irá pagar a conta, também. Muito provavelmente, em alguma quarta-feira qualquer, irá te ligar no meio do expediente só para te passar uma notícia boa e vai dizer que deseja comemorar no restaurante predileto dela: o japonês na esquina de sua casa. Vai se impressionar com um tanto que ela consegue comer por segundo. Ela gosta de molho teriaki e de sashimi. E não sei se já aprendeu a comer com hashi. Acho que não. Ofereça ajuda.

Ela é tão homem quanto todos os homens. Gosta de coxas, bunda, barriga e virilhas. Quando vai à praia, costuma reparar no volume das sungas alheias e comentar com amigas. Mas ela se apaixona mesmo é por bocas. Lábios, sorrisos, mordiscadas e palavras.

Quase sempre, apaixona-se por homens de humanas. Adora ouvir sobre psicologia, política, literatura e cultura pop. Mas não fale feito um tolo. Saiba ouvir, também. Caso você ainda não esteja apaixonado por ela, vai ficar encantado quando ela começar a falar suas poesias, Rimbaud, Manoel de Barros e sobre sua vontade de se entender. Ela vive num eterno questionamento sobre si. Faz besteiras e logo se arrepende. Mas acredita que todo erro existe para o aprendizado. Não a julgue por isso. Nem tente entendê-la.

Por fim, apenas entenda e aprenda que sem ela, você será como eu: um prisioneiro eterno das lembranças.


Via Entenda os Homens

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Seja a mulher que seu ex vai sentir falta


Já faz algum tempo, recebi uma mensagem de um ex-namorado, que dizia: “vou passar o resto da vida me perguntando por que não deu certo”. Eu tinha todas as respostas, mas achei que nem era mais hora de falar.
Depois de oito anos de namoro, ele ficou em dúvida. Sofri com a dúvida dele. Mas a dúvida dele acendeu um ponto de interrogação dentro de mim. Terminei o namoro e não olhei pra trás. Nunca olho.
Sofro como um cachorro por um amor que quero que dê certo, mas quando desisto, deixo de lado como meia lata de cerveja quente. Você sabe que era bom, mas jamais será novamente.
Nem vem ao caso se sou ou não uma namorada inesquecível, mas fiquei pensando o que faz uma mulher se tornar assim tão singular para um homem. E nem estou falando de homens atormentados, daqueles que gostam de sofrer nas mãos de mulheres malvadas, aquelas que gostam somente delas e nada além delas mesmas. Homens se deixam seduzir por criaturas assim. Bem, quem não deixa?
Mas, então, me lembrei de um amigo que, depois de anos de libertinagem barata, começou a namorar. Sumiu, desapareceu, escafedeu-se, um dos maiores baladeiros e pegadores que já conheci na noite paulistana. “Ela não é a mulher que mais amei, mas é a que me faz mais feliz. Vou casar”, me disse.
Ela me ama; ri das merdas que eu falo; não é linda, mas se cuida; tem um cheiro gostoso; cuida da vida dela; é independente, mas me pede ajuda pra usar um pendrive; está sempre ocupada, mas nunca deixa de atender quando eu ligo; é parceira, descolada, maluquete; aguenta meus ataques de mau humor; quer sexo sempre; é ciumenta, mas até acho graça, eu era um galinha. “Sabe como é, mulher tá fácil hoje, mas dessas que fazem a gente feliz mais do que uma semana… encontrei poucas.”
Sempre penso no que faz uma história dar certo ou não. E, no fundo, acho uma bobagem quando dizem que melhor do que ser amado, é amar. Não tem nada melhor na vida do que sentir, ver, ouvir, ler, que alguém perde seu precioso tempo pensando, querendo, gastando, amando você.
Mas é verdade que amar alguém é uma arte. Quem ama abre mão de si mesmo muitas vezes. Esquece convicções. Pede desculpas mesmo quando acha que está certo. Sofre de saudade. Morre de ciúme. Parcela passagem em 12 vezes. Sorri quando o telefone toca. Tem dor de barriga quando ele lê sua mensagem no whatsapp – e não responde. A gente fica praticamente ridícula.
Mas o outro, que também ama (e essa é a melhor parte), acha a gente, que no fundo é ridícula, o último biscoito do pacote, a última cerveja gelada do deserto, os últimos 5% de bateria no celular.
Amor é isso.
O importante é que a gente nunca seja mais ou menos. Que a gente faça tudo mesmo por amor. Que seja especial. Que seja inesquecível. Seja o tipo de mulher, que os nossos ex-namorados vão sempre lembrar e pensar: que pena que não deu certo.

Via MPJ

terça-feira, 20 de agosto de 2013

HOMEM MENINO



Forte como homem
Doce como menino
Meu homem
Decidido
Inseguro
Protetor
Carente
Meu amor inocente


=)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Os olhos



"Tudo começa com os olhos. Ela tem que ter olhos que vejam mais que meras futilidades, e enxerguem o bem nas pessoas ... 20% Anjo ... 80% Demônio ..."

(Dominic Toretto - Velozes e Furiosos 4)




=)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sintoma de saudade

A música é a arte de manifestar diversos afetos de nossa alma mediante ao som!




Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem


=)

Le Petit Prince




“Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”
Saint - Exupèry


=)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Coisas que a vida ensina


Ainda na série, andanças pela internet que resultam em textos bonitos, segue mais um que vale muito a reflexão.



"Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente..."

Artur da Távola - Foi advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político carioca. Foi um dos fundadores do PSDB. Cassado pela ditadura, foi exilado no Chile e na Bolívia. Foi deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Entusiasta da música clássica, mantinha um programa da TV Senado Quem tem medo de música clássica? Na TV Senado, foi redator de várias revistas na Bloch Editores, foi colunista de alguns jornais como O Globo, Última Hora e O Dia, e diretor da rádio Roquete Pinto.


=)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Relacionamentos


Mais um texto que encontrei pelas minhas andanças na internet
Vale a pena ler e refletir ... 

Relacionamentos acontecem. Você não precisa força-los. Tampouco apressá-los. Pessoas ficam juntas porque querem, no momento em que decidem juntas.
Não se culpem à toa.
Não estejam nem queiram estar presentes na vida um do outro o tempo todo. Ninguém nasce com duas sombras.
Não deixem que os monstros da comunicação instantânea assombrem. Um SMS não respondido imediatamente, uma ligação sem retorno, ficar um dia sem se falar: não foi nada!
Não faça surpresas demais, não agrade demais. Ele não é seu filho único.
É recomendável ter muitas coisas para pensar, como ideias e viagens. Hoje você vai sair sem ele e tudo bem. Amanhã ele vai viajar sem você e tudo bem. Hoje você vai encher a cara com seus amigos. É sempre bom. Depois de amanhã vocês podem ir ao cinema juntos! Então saibam se divertir juntos. E saibam se divertir um sem o outro.
Pegação não é flerte. Flerte não é paixão. Paixão não significa romance. Romance não é namoro. Respeitem-se. Tem que deixar a existência arejada, sempre, pra poder existir ao lado de alguém. Mais disposto e com mais vontade. Que bom que você chegou na vida dele. Mas ele não nasceu de novo. Tudo vai se adaptar ao novo cenário. Tenham paciência. É exercício!


(Débora Dian Ferrari)


=)


terça-feira, 30 de abril de 2013

Frase do dia...


Ah, se eu pudesse, não caía na tua conversa mole outra vez. Não dava mole à tua pessoa. Te abandonava prostrado a meus pés. Fugia nos braços de um outro rapaz. Mas acontece que eu sorri para ti, e aí. 
— Chico Buarque.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amor eterno amor


Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba? O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida.

As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos. Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. 

Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito. O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções.

Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

(autor desconhecido)

* post extraído de um mural do Sr. Alexandre Vaitkevicius


=)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Soul



"Seduza minha mente e você pode ter meu corpo; encontre minha alma e eu serei seu para sempre." 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mulheres

"Mulheres gostam de verdades, mas não acreditarão fielmente de que seu celular estava sem bateria, de que seus amigos gostam dela ou de que sua ex-namorada não significa mais nada para você. 
Mulheres têm olhos angelicais e diabólicos, ambos funcionarão com você, te levarão ao céu ou ao inferno. 
Mulheres são fieis aos sentimentos e não a um simples estado civil. Apesar de não assumirem, mulheres gostam de ser cuidadas, mesmo que elas estejam gripadas.
Mulheres gostam de cavalheirismos e sacanagens, rosas e tapas, ambos têm seus momentos. Mulheres gostam de ouvir palavras doces, mas não se surpreenda se ela gostar muito mais do silêncio que o brilho dos seus olhos oferece ao vê-la chegar. 
Mulheres não gostam de homens que falam demais, nem dos que ouvem de menos. 
Mulheres gostam de perfumes, ciúmes e gargalhadas. Mas odeiam cócegas. Cócegas a deixam vulneráveis. 
Mulheres são mães e filhas. Mas nunca a trate como se você fosse seu pai. Mulheres gostam de igualdade. Aceite que a mulher que te acompanha é o sonho de consumo de vários outros por aí - nunca se esqueça disso!"

Via Tayane Manelcci Trautwein

segunda-feira, 25 de março de 2013

DESEJO



Ver sol bater à janela na manhã de outono,
as folhas ruindo à brisa da manhã,
seu sorriso ao meu lado,
seu calor junto ao meu corpo,
seu perfume em minha pele...
...você



=)


terça-feira, 19 de março de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A força do acaso


Tem gente que acredita em destino. Eu acredito que é o acaso quem rege a nossa existência de forma quase absoluta. 
Penso no encontro acidental dos nossos pais, no desejo que poderia não ter surgido entre eles, no espermatozóide que chegou à frente de milhões de outros na corrida mais importante das nossas vidas. Quanto disso foi planejado? Nada, assim como costumam ser acidentais os nossos próprios encontros amorosos, a concepção dos nossos filhos e as circunstâncias imprevistas que nos levam a fazer amigos importantes, escolher carreira e definir a cidade onde iremos morar. 
O imprevisto invade a nossa vida enquanto no debruçamos cheios de planos sobre o calendário do ano que vem. 
Acho o acaso tão importante que defendo que ele deveria ser incorporado aos nossos critérios de eleição afetiva. Não adianta observar os candidatos a parceiros apenas em situações controladas, como se o amor fosse um experimento de laboratório. Se o sujeito a convidou para jantar, teve três dias para arranjar as coisas e aparece (cheiroso e bem vestido) com uma rosa vermelha e reservas para o bistrô mais concorrido da cidade, ponto para ele por Organização & Método – mas isso não deveria encerrar o período de observação. 
Para saber quem realmente é o cara, melhor seria estar com ele na noite em que o pneu do carro furasse na Marginal. Ele respira fundo, sorri para você e desce para resolver o assunto ou, tudo ao contrário, se põe a dizer palavrões em voz baixa e reclamar que não deveria ter saído de casa – culpando você, indiretamente, pelo contratempo? 
Qualquer mulher pode ser encantadora num fim de semana de outono no Rio de Janeiro em que não haja uma brisa fora de lugar, mas como ela reage quando a companhia aérea perde as malas e vocês ficam com a roupa do corpo em Buenos Aires, num frio de 11 graus? Eu gostaria de saber essas coisas antes de me apaixonar.  
Se o futuro pudesse ser desenhado numa planilha Excel, o melhor a fazer por si mesmo seria conquistar a analista de sistemas mais atraente da empresa e fazer dela a mulher da sua vida, mas nós sabemos que as coisas não são tão simples. Num mundo dominado pelo acaso, é importante ter ao seu lado alguém capaz de lidar com os imprevistos e as frustrações, porque eles vão se repetir o tempo inteiro. Planejar não é suficiente para ser feliz.  
Quando o inesperado se intromete e atrapalha os nossos planos, então testamos o nosso temperamento e o de quem nos acompanha – além de uma coisinha de enorme importância chamada compatibilidade.  
Sexta-feira passada eu tentei ir à praia. Reservei pousada, abasteci o carro e caí na estrada com a mulher, no horário em que o trânsito arrefece em São Paulo. Tudo planejado. Quatro horas depois, estava no pé da Serra do Mar metido no maior congestionamento da minha vida, com a chuva caindo torrencialmente, água subindo e o rádio contando histórias de morte e quedas de barreira. Depois de momentos de quase pânico, decidimos sair da estrada e procurar refúgio em Cubatão, uma das cidades menos turísticas do mundo ocidental. 
Rodamos pelas ruas semi-alagadas e desertas, batendo à porta dos poucos hotéis, todos muito simples e totalmente tomados pelos refugiados da estrada. Ao final, fomos acolhidos no Lopes, que fica em frente à delegacia da cidade. De início não havia vagas, mas permitiram gentilmente que passássemos a noite no sofá da recepção, protegidos da chuva, das enchentes e dos ladrões que agem nos congestionamentos. Nas circunstâncias, estava ótimo. Duas horas depois, surgiu algo ainda melhor – um sujeito que alugara a suíte do Lopes para uma farra na madrugada não apareceu, e nós herdamos as acomodações. Com sauna, hidromassagem, TV a cabo e meio ar condicionado. Um luxo. 
Ali passamos um longo fim de semana. Houve passeios a pé, compras no comércio alagado da cidade, pizza de brócolis com catupiry e uma sessão de cinema no complexo do Parque Anilina. Vimos o novo filme do Bruce Willis, dublado. Eu gostei, minha mulher disse que não iria comentar. Voltamos a São Paulo às 6 da manhã de domingo, quando a estrada reabriu. Nós havíamos sobrevivido, e o casamento também.

Eu consigo pensar em meia dúzia de mulheres com quem essa mesma situação teria virado um pesadelo. Posso ver uma delas reclamando e me recriminando até que eu perdesse a cabeça e fosse parar algemado na delegacia em frente ao hotel, depois de um acesso de loucura. Sou capaz de enxergar uma outra, sentada à beira da cama, empurrando para trás os cabelões e dizendo para a amiga no celular: “Cubatão, você acredita? Cubatão... Não, o carro dele não passa na enchente. Lembra que ele acha os jipões ridículos? Pois é”. Essa conversa não aconteceria dessa forma porque não houve sinal da TIM em Cubatão no fim de semana, mas a cena é totalmente plausível.

Não estou aqui fazendo críticas a certos tipos de pessoas. Acho, na verdade, que a culpa pelo clima detestável que se cria durante as crises não é de cada uma das partes, mas da interação ruim entre elas, a tal da compatibilidade. Diante do mesmo perrengue, mas em outra companhia, a pessoa funcionaria bem. É uma questão de quantidade de afeto e de respeito, claro, mas é também uma questão de afinidade. Se os modos do outro o irritam normalmente, isso não vai melhorar sob a pressão de uma crise. Quando a crise acontece, portanto, é um bom momento para observar seus sentimentos: você tem vontade de proteger o outro, fica feliz por ele estar ali, ou gostaria, do fundo do coração, que ele e o seu jeito professoral desaparecessem e você pudesse chamar um amigo querido? É importante saber.

Da minha parte, fico feliz por ter passado pelo teste de Cubatão. Ela reforçou minha convicção de que a vida, embora tenha de ser planejada no dia a dia, é, essencialmente, algo sobre o qual eu não tenho controle. Só posso me assegurar, precariamente, que quando o acaso tomar as rédeas eu tenha ao meu lado alguém capaz de rir comigo, de me dar conforto e de oferecer aquilo que homens e mulheres têm oferecido uns aos outros por milhares de anos – uma pequena chama de afeto capaz de iluminar os nossos corações cheios de medo e de aflição.

Ivan Martins


=)


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Frase do dia

“Pensamento claro se torna escrita clara: um não existe sem o outro” 
(Willian Zinsser)


=)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Amores difusos

E lá estou eu navegando, navegando e navegando...
Resolvi compartilhar um texto de Ivan Martins, publicado hoje, 16/01/2013, no site da Revista Época


Não é preciso ser moderno para perceber que a nossa vida comporta amores simultâneos. Podem ser paixões dilacerantes e sombrias, como nos filmes, ou pode ser algo mais suave – um sentimento de atração que, mesmo não consumado, faz da vida um lugar melhor para os envolvidos. 


Todos conhecem esse tipo de sentimento. 
Há gente que nós temos vontade de ver todos os dias, cuja presença nos deixa naturalmente mais alegres. Temos prazer enorme em abraçar gente assim e a conversa com elas é mais íntima, mais fácil, mais interessante. Uma alma destituída de malícia diria que isso é amizade, mas eu tenho certeza que se trata de uma forma de erotismo – sem posse, sem dor, sem pressa, mas é desejo que resiste ao tempo. Essa não é uma forma de definir o amor? 
A principal qualidade dessa sensação é ser plural.
Não nos sentimos enamorados de todo mundo, mas tampouco temos esse tipo de apego por uma única pessoa. São várias. Pode ser a ex-namorada do colégio, a amiga da faculdade, a prima. Pode ser a garota da livraria ou a moça do bandejão que virou sua amiga. A lista não será grande, mas é uma pena, porque se trata de um sentimento bom. Não é gostoso ficar feliz quando toca o telefone? 
Você não sai transando com essas pessoas, embora pudesse fazê-lo. Você não sofre por essas pessoas, embora possa ter acontecido. Essa relação navega entre o encantamento e a amizade, tem um pouco das duas, e fica a centímetros de se tornar inteiramente uma delas. Movemo-nos entre sutilezas.  

O que você faz com alguém que ama difusamente é ter momentos de troca e carinho, que carregam uma ponta secreta de expectativa. Se um dia você bebe demais e diz sinceridades comovidas, ela pode rir, beijar você ou ficar brava e mandar que se comporte – mas tudo seguirá como antes. Nessa relação há espaço para ser você mesmo. 
Os amores difusos fazem parte da esfera de sentimentos que começa na pessoa que você escolheu e vai se expandindo num círculo para incluir outras pessoas de quem você precisa. Família, amigos, amores. Nenhum casal é uma ilha. Ao redor do compromisso que mantém duas pessoas ligadas há uma vasta teia de ligações, com diferentes graus de densidade, que vinculam o casal ao mundo. Os amores difusos são uma parte especialmente delicada dessa teia. 
Isso nada tem a ver com relações abertas, porém. 

Admitir a existência de carinho e desejo fora da sua relação amorosa é apenas uma manifestação de sanidade. Tentar viver todas essas sensações é uma besteira. Criar arranjos matrimoniais que acomodem esses múltiplos sentimentos é ainda mais fútil. A melhor solução para quem deseja correr atrás de todos os seus desejos não é um namoro ou um casamento aberto. É estar sozinho. Assim se conquista total liberdade, sem culpas ou constrangimentos. 
Ando convencido que a nossa vida afetiva tem uma espécie de centro e que nele só cabe uma pessoa de cada vez. As nossas grandes aventura emocionais, a nossa verdadeira história íntima, são escritas ao redor dessa exclusividade. Pode ser uma paixão que não deu certo ou um casamento fabuloso de 20 anos, mas continua sendo uma narrativa entre duas pessoas. O resto é tumulto.

Os amores difusos pertencem a outra esfera, e por isso não colidem.

Eles são menos viscerais, mais leves, nos lembram que podemos experimentar diferentes alegrias na mesma existência. Sugerem que o grande amor romântico – esse que nos devora vivos, ou nos envolve suave como um lençol de linho – é apenas uma das experiências do afeto. Há outras, essenciais. Elas preenchem a existência com outra espécie de luz, igualmente necessária para mostrar nosso caminho.

=)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Intimidade

Bom dia!!!!
Ano novo começando e eu só tenho que agradecer a Papai do Céu pelo bom ano que foi 2012.
Só tenho a agradecer pelo meu trabalho, pela minha saúde, pela minha familia, pelos meus amigos.
E agradecer o belo ano que vem nascendo!
Desejo a todos, um 2013 repleto de muita paz, saúde e prosperidade!

=)

E nas minhas andanças pela web, achei esse texto e resolvi compartilhar
Gostei bastante da sutileza das palavras e delicadeza com se que trata de um assunto que nos parece tão corriqueiro... intimidade.
Destaco ainda a frase que mais me chamou atenção:

"Intimidade é reconhecer o significado do silêncio e da quietude de quem se ama."

O texto é de Ricardo Coiro e foi extraído daqui



Segunda-feira chuvosa em São Paulo. Trânsito caótico. Estava afogado em um imenso e interminável maremoto de carros, ônibus, caminhões e todo tipo de obstáculo capaz de fazer com que eu perdesse a sessão de cinema, para a qual eu rumava naquele dia cinza. O expediente também não havia sido nada bom. Tinha suado sangue para cumprir os prazos impostos pelo cliente e adivinha? Depois que entreguei o pedido, descobri que aquilo era somente para próxima semana. E mais, naquela manhã, derrubei quase um litro de café fervendo em cima do meu saco, ou seja, além de fritar minhas amadas bolas, ainda passei o dia inteiro ouvindo piadinhas bobas, feitas pelos meus colegas de trabalho. Eles diziam: “O Ricardinho ficou menstruado, virou mocinha”. Enfim, tudo conspirava pra que meu dia fechasse com chave de merda. Morreria de ataque cardíaco no trânsito, sem chance de realizar meu último pedido, que era obviamente sair dali de helicóptero.
Logo que ela entrou no meu carro, inteiramente linda e cheirando o mais aromático dos xampus, ela olhou pra mim e, graças ao poder da intimidade verdadeira, reconheceu o estresse estampado em minha testa e, sem que eu precisasse dizer uma palavra ou sair na mão com algum motoboy na rua, ela me fez a mais aliviante das propostas: disse que não estava a fim de ir ao cinema e sugeriu que subíssemos e víssemos um DVD ali mesmo, na casa dela. Sem filas, sem estacionamento lotado, sem esperas. Ela cedeu, fingiu não querer sair e mais: se dispôs a deixar aquele vestido lindo, recém-colocado de lado, e trocou-o por qualquer pano velho. Palmas para a tecla SAP mais importante dos relacionamentos: a tal intimidade.
Ao contrário do que muitos simplistas pensam, intimidade é muito mais do que ficar pelado e não ter vergonha de balançar o pau mole na frente da amada. Intimidade é reconhecer o significado do silêncio e da quietude de quem se ama. É olhar para o lado e saber que ela precisa de um abraço urgente ou que necessita apenas que você se afaste e a deixe só. Intimidade é saber a hora de manter o toque naquele mágico ponto e ser capaz de fazer isso, graças ao timbre do gemido dela e à contração contínua daquela coxa que você aprendeu a observar intimamente. Intimidade é conseguir adentrá-la, sem que ela precise abrir a porta ou mandar convite escrito em formais letras douradas. Intimidade, de verdade, é o sexto sentido que os laços precisam para um atar suave e de menos atrito. É uma junção harmônica de cores distintas. Intimidade não nasce com o casal e assim como nas artes marciais, precisa ser conquistada com muito treino, dedicação, mistura de suor e principalmente, atenção aos sinais cotidianos emitidos por quem se ama. Digo mais, intimidade não tem nada a ver com fazer cocô de porta aberta, pois mesmo em um casal, com intimidade adquirida, sempre haverá momentos de individualidade e esses deverão ser preservados e respeitados.
Não pense que é fácil ser faixa preta nessa tal intimidade. Nem ache que para isso basta o despudor ou a coragem para conter-lhe seus segredos mais obscuros, isso não é intimidade. Para ser íntimo de alguém, você precisa manter os olhos bem abertos e só assim entenderá qual tipo de sorriso ela soltará de acordo com cada peculiar situação. É mais que isso – para atingir essa sintonia verdadeira, você precisa manter os ouvidos iguais aos de seu cão. Não basta fingir que está ouvindo e pensar na morte da bezerra, enquanto ela fala com você. Deve-se escutar cada palavrinha e, só assim, perceberá os desabafos implícitos no discurso despretensioso dela. Se quiser intimidade, precisa estar realmente encostado nela, não apenas penetrado, no sentido sexual, mas de pele colada, de mãos dadas, de nariz roçando, pois só assim será capaz de entender do que ela tem medo e fará isso apenas devido ao sutil apertar dos dedos dela em sua mão.
Intimidade é estar apto a ler os sinais mais complexos do outro. É saber fazer um pedido de casamento utilizando apenas uma simples piscada e tornar-se capaz de compreender o bê-á-bá escrito pelos sorrisos de quem se ama.