segunda-feira, 19 de abril de 2010

NÃO SOU O EU QUE VOCÊ VÊ

Um forte, um rochedo
Firme, destemido, decidido...
Não sou o eu que você vê
Independente, inteligente, coerente
Há um outro eu guardado pra você
Frágil, meigo, doce
Delicado, assustado, apaixonado
Medo e dúvidas, quem não os tem?
Há um outro eu guardado pra você
E protegido em seus braços mostro quem


=)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

permitir-se

Às vezes eu preciso me permitir. É preciso se permitir.
Se saber. Se saber - de saber de si.
Às vezes eu queria cair no mundo. Utilizar as minhas asas. Ser livre. Ser feliz. Decidir por mim. Morar sozinha, usar meu dinheiro para o que bem entender.
Me sinto como numa caixa muitas vezes - e de novo!
Parece que as coisas dependem mesmo de mim.
Parece que as coisas se tornam um ciclo. Ou um circulo - vicioso.
Parece que as coisas sao randomicas.
Eu sou cheia de regras. Eu não me permito experimentar. Viver. Sentir. Nada que não esteja dentro da caixa. Dos meus padroes.
Padroes tolos. Como e quantas vezes eu quis sair deles! Mas quando penso nisso, tudo parece inconsequencia.
Como a vida para as minhas amigas parece simples! E como a minha tem sempre esse monte de "se"...!" Se" dos infernos! Como eu queria viver sem eles!
Algumas vidas parece que sempre correm num fluxo natural. Mas a minha não. A minha vida é como um solo pedregoso: vc precisa sempre ir pisando com cautela. Você tb pode se surpreender com um precipicio logo adiante. O ceu é maravilhoso, as arvores tb. Mas se vc se maravilhar demais com essas divindades, pode pisar em falso, torcer o pé - ou ateh perder o juizo.
Porque comigo é assim: é de perder o juizo. Porque enquanto vc se vislumbra com as divindades, eu mesma não sei bem onde estou e nem para que lado eu quero ir. Caminhar comigo é assim: é estar disposto a correr riscos o tempo todo - e a qualquer momento. Querer caminhar comigo é desejar colocar-se em risco. Eu sou uma trilha. Aquela que vc nunca fez, aquela que vc não conhece e não sabe sequer onde vai dar.
Eu sou exatamente aquela trilha power, que exige muito preparo fisico, persistencia, destemor, força e equilibrio para percorrer.
Do contrario do que muitos pensam ( e é o contrario do que comunico às pessoas), eu não me apego a nada, não me prendo a nada e sou extremamente vulneravel.
Quando se pensa que estou cativa, significa que ainda há muito o que cativar.
Acho que sou selvagem (no sentido de pertencer à selva). Eu sou eu. Assim. E praticamente indomavel.
Sim, eu me calo. Mas é preciso saber que vc não venceu. Eu me calo apenas para manter a social. Nada facil.
Uma rosa cheia de espinhos, talvez.
E se quiser me levar consigo, tem que levar o talo inteirinho tb.
Hoje eu não estou com vontade de fazer nada. Mas estou cheia de compromissos.
Tente me levar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PRIMEIRO ENCONTRO

Era início de outono, fazia 21°C naquela noite de céu estrelado e lua cheia.

O inverno é por si só uma estação elegante. E elegância ela tinha. Ah, se tinha!

Bota de cano longo, bico fino e salto alto. Os fios dourados dos cabelos longos e bem escovados destacavam-se sobre o sobretudo preto, que cobria delicadamente todo seu corpo. Abotoado apenas nos primeiros fechos, criou um balanço que assemelhou o casaco a um vestido: ficou sexy. E para deixá-la ainda mais charmosa, a boina preta de veludo vestida diagonalmente, acobertando uma parte do rosto e o cachecol em tons bege, ocre e bordô. Ela estava simplesmente linda e eu ansioso.

Enquanto ela se aproximava para me cumprimentar, apenas a olhava, estava atônito. Não sabia o que falar, ela estava em meus braços. E que perfume...

Fomos jantar.

Na cantina tipicamente italiana, o menu, a música, a decoração, tudo pensado para trazer um pedacinho da Itália até São Paulo. Um ambiente muito aconchegante e agradável, propício para um encontro romântico. Então ela sinalizou um lugar para sentarmos, indicou uma mesa próxima à sacada. Um cantinho discreto e reservado e era exatamente isso que eu precisava para ficar mais próximo dela.

Minhas mãos estavam frias, tamanho nervosismo para conduzi-la à mesa.

O garçom trouxe carta de vinhos e escolhei um Cabernet Suavignon para acompanhar a massa e os molhos. Um vinho encorpado, forte e bastante requintado.

Entre uma taça e outra, tomei coragem para me aproximar e tocá-la. As mãos pálidas, esguias e de unhas bem feitas me encantavam. E como eram macias...

Ao vê-la mastigar fui hipnotizado pelos movimentos de seus lábios romã carnudos e bem desenhados. Queria beijá-la, queria senti-la próxima a mim.

E por um instante, esqueci onde estávamos, era somente ela e eu. Fui me inclinando, inclinando até que meus lábios tocassem os dela...

Meu coração palpitava e em minha face, apenas o sorriso estampava minha alegria.


=)

Ilusión




Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi

Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella
No supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz

É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver
Por ella no supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque no me dejo
Tratar de hacerla feliz

Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

(MARISA MONTE e JULIETA VENEGAS)


=)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

INTELIGÊNCIA DE MERCADO

Até bem pouco tempo atrás, não era possível imaginar que o acesso às informações, de um modo geral, pudesse ser tão simples e chegar a todas as camadas sociais. Se antes apenas a alta cúpula do clero tinha em mãos o conhecimento, hoje vivenciamos a era da informação e não há como discordar de que a internet foi a responsável em nos proporcionar tal facilidade.

A internet nos oferece a possibilidade de intercambiar, praticamente em tempo real, uma superabundância de dados até então impensada. Criamos assim o hábito do consumo compulsivo de informações em incessante busca pelo conhecimento.

Em um mercado cada vez mais competitivo, conhecimento é um fator que representa uma grande vantagem competitiva. Mas de que adianta reter quilômetros de dados se não sabemos para que e como utilizá-los?

É em meio a esse cenário que está a “inteligência de mercado”.

Inteligência de Mercado, também denominada Inteligência Competitiva, nada mais é que o processo de garimpar, analisar e aplicar informações, tanto qualitativas, quanto quantitativas; cujo resultado é o conhecimento sobre a lógica do mercado-alvo e o direcionamento das ações estratégicas a serem adotadas.

De acordo com Alfredo Passos, professor de inteligência competitiva da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), inteligência de mercado não é só pegar informações que estão por aí aos montes e colocá-las em uma planilha. É preciso mostrar como esse cenário afeta a empresa e a dificuldade está justamente na capacidade de convertê-los para informações úteis que servirão de base para a formulação de uma estratégia empresarial à altura do mercado.

E você leitor, deve estar se perguntando, o que isso tem a ver com publicidade?

Tudo! O consumidor moderno não é mais a massa que reage de maneira igual, unificada e previsível. Agora ele é único e essa unicidade permite que cada um se comporte de uma forma, interaja de uma maneira e influencie assim, o mercado.

Não compreender como essa funciona a nova mecânica do consumo e como o mercado reage a esta é perder espaço, é dar chance para que o cliente “visite” seu concorrente. E a tendência daqui para frente é as empresas adotem cada vez mais a comunicação sincronizada de multicanais, através da qual todas as informações e comportamentos do consumidor são analisados em tempo real.

A empresa que estuda minuciosamente o comportamento do seu consumidor tem reais chances de mantê-lo. Para tanto, ou passa a adotar a inteligência de mercado a seu favor, ou passará a rezar para que suas intuições sejam certeiras.

=)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O QUE SINTO POR VOCÊ?

Diferente dos poetas, não tenho muitas habilidades com as palavras.
Jogar com as letras, organizá-las feito peças em quebra-cabeças para expressar o que sinto por você não é uma das minhas aptidões, mas meus gestos falam por mim. E minhas atitudes acabam me delatando...
Fui pega!
Penso em você e meu coração palpita acelerado como se fosse correr em busca de algo que não sei bem o que é. Que ritmo louco é esse que eu ainda não aprendi a dançar?
As borboletas construíram uma nova morada e agora habitam meu estômago.
Minhas mãos gelam e ao mesmo tempo suam.
É calor? É frio?
Sinto arrepios sob o os 36°C do verão tropical.
É tudo tão simples e direto e ao mesmo tempo tão complexo e rebuscado.
Que linguagem é essa que eu não compreendo?
Que sinais são esses que não consigo decodificar?
E quem consegue?

=)