terça-feira, 24 de junho de 2008

Coisas que você já sabe (Dez vezes triste)

Vai ser triste acordar de manhã
E não ver você do meu lado
Andar pela casa pelado
Sem você pra debochar da minha nudez.
Vai ser triste não ter você
Pra dividir o sabonete e o creme dental
Brigar pelo café que você não fez
Ou comentar assuntos do jornal.
Vai ser triste sair de casa
E ter que levar as duas chaves
A caminho do trabalho pensar em você
E só lembrar das palavras fatais:
- Não te quero mais!
Vai ser triste ao meio dia
Lembrar dos seus telefonemas:
- Te amo, um beijão!
Triste querer gritar
E ter de engolir em seco
O arroz e o feijão.
Vai ser triste chegar em casa
E não ter você para abraçar.
Triste depois do jantar
Só ter um prato para lavar.
Vai ser triste acordar de madrugada
Com a tv ainda ligada
Triste ir para a cama
Sem ter você para beijar.
Sei que não vou morrer por isso,
Mas vai ser triste passar mais um dia sem você.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Crise de loucura

Já passa da meia-noite e só o tique-taque do relógio quebra o silêncio do meu quarto.
Em meio a risos e vozes posso me lembrar daquela festa, a noite passada.
Às vezes é fácil olhar no espelho e fingir que está tudo bem, mas o difícil é saber que ninguém virá para me dar abrigo. Olho para o teto e as coisas parecem girar. Não dá para resistir, preciso gritar:
-Será que ninguém pode me ajudar?
Um carro passa na rua e parece que vem em minha direção. Abro a janela e vejo uma tempestade se aproximando. Ouço o barulho do vento.
Vejo monstros e ninguém está aqui para me dar abrigo. Preciso lutar sozinho.
Que venham todos então! "Eu não posso vencer, mas posso ser forte!"
O quarto parece um campo de batalha. Fujo de um canto a outro buscando uma posição de ataque.
Ponho fogo nas cortinas para impedir que o inimigo se aproxime.
Ouço vozes lá fora, pessoas tentando arrombar a porta.
O teto parece estar desabando. Eu não quero morrer entre os escombros.
Chega o Corpo de Bombeiros e me afastam do local do incêndio.
Começo a gritar - Não! Eu não quero abandonar a batalha...
Já não posso fazer mais nada.
Estou preso numa camisa de força, vivendo mais uma crise de loucura.

Quem não tem namorado (a)

Quem não tem namorado(a) é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo.
Namorado(a) é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado(a), mesmo, é muito difícil.
Namorado(a) não precisa ser o mais bonito(a), mas aquele(a) a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele(a) a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele(a) não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado(a), não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um(a) namorado(a).
Não tem namorado(a) quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado(a) quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado(a) quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado(a) quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado(a) quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado(a) quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques,fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.
Não tem namorado(a) quem não tem música secreta com ele(a), quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado(a). Não tem namorado(a) quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado(a) quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado(a) quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado(a) quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado(a) quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado(a) porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado(a) é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.



Eh isso ae textinho genérico na área.
UahsuHAushAUshuHAsuHAUsha
Navegando no ORKUT, axei isso num profile...
E advinha??? +
OOOOOOOOOOOOOOOOOOBVIO
=)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Auto-estima do Superego "(Moimeichego)"

Foto: Alcides

Quando Carlos nasceu,
Um anjo torto disse-lhe para ser gauche.
Quando Chico nasceu,
Um anjo safado disse que ele seria todo ruim.
Quando eu nasci não tinha anjo nenhum.
Um velho sério, barbudo, corcunda e rouco
Disse para eu brilhar como um diamante louco.
Que eu não seria estrela com nome de mulher:
Não seria Dalva, nem uma das três Marias.
Também não seria (de) cadente.
Então cá estou
Não sou nenhuma estrela noturna,
EU SOU O SOL!
Brilhando num vazio sem constelação
Tendo a lua a me seguir, num amor quase platônico.
Mas um dia nos encontraremos,
Conheceremos o bem e o mal
E ela virá sobre mim
Num eclipse total.
Enquanto isso não acontece
Fico a pensar no velho que me deu tudo o que sou:
E depois de fazer a mim, a lua e a mulher,
No terceiro dia Ele descansou...

ENQUANTO ISSO NO NAVIO...

De repente um cutucão na minha coxa acompanhado de uma interjeição de espanto:

- Meu Deus, você viu aquilo?

Estava de biquíni deitada sob o sol, estendida em uma bela e confortável cadeira no melhor ponto do convés e ao horizonte apenas o encontro do céu anil com o límpido e cristalino mar caribenho. Eu folheava pacientemente a última edição da Vogue, analisava as novas tendências, os novos produtos... E tão bela escultura humana não poderia passar-me despercebida...

Em meus ouvidos ecoava “viu aquilo... aquilo... aquilo...” e toda minha atenção se voltara para o marinheiro que caminhava pelo convés com ar de quem supervisionava cada detalhe, cada centímetro. Era praticamente impossível não admirar aquele corpo escultural dentro da farda branca impecável, perfeitamente alinhada, sua postura o destacava.

Alto, moreno, bronzeado do sol, porte atlético, traços latinos, dono um ar inegável de conquistador barato. Costas largas, coxa grossa, bumbum arredondo e pernas bem torneadas; tudo era sutilmente insinuado através da farda. Subi os óculos de sol à aba do chapéu, fique atônita por alguns instantes, apenas o admirava.

Sentindo que alguém o observara, sutilmente se virou para trás e sorriu.

Continuei o meu banho de sol, mas aquela visão não me saia da mente. À tarde o navio oferecia infinitas atividades. No dia seguinte mais atividades já programadas e não nos encontramos mais.

Era a última noite no navio e aconteceria, então, uma festa para confraternização dos turistas: um baile de gala. Boa comida, boa bebida, boa música e muita diversão.
Para a ocasião, já havia separado um belo vestido longo evasê frente única bordô. Próximo das 20h comecei a me arrumar. Vesti meu longo, calcei os sapatos, prendi meus cabelos em um coque simples, mas ricamente ornamento com svarovisky. Os brincos em ouro branco e a maquiagem dariam o toque final: a sombra para realçar o olhar firme e marcante e nos lábios, como não poderiam deixar de ser, batom vermelho, aclamando o desejo, a paixão e a sensualidade.

Adentrei ao salão principal, logo na porta belos marinheiros me recepcionaram. A boa música ecoava por todo salão, as pessoas bailavam ao som do piano, as mesas estavam completas e a pista exalava alegria... Alcei um flûte e juntei-me aos meus.

Em meus pensamentos, a imagem daquele marinheiro. Queria vê-lo novamente.

Caminhando pelo salão, cumprimentei alguns conhecidos, quando fui tomada pela mão. E a voz máscula, firme sussurrou:

- Dança comigo?

Era ele, em farda de gala. Magnífico, simplesmente magnífico.

A música terminou, sorriu e me deixou. Apenas instigou meus anseios...

A festa adentrava pela madrugada. Queria vê-lo mais uma vez antes de atracar.

Determinada, comecei a procurá-lo pelo salão, no convés, em todo canto... até que, sem querer, encontrei os aposentos da tripulação. Olhava discretamente através dos vidros e até que em umas das cabines: já estava descalço, sem cap, sem luvas. Despiu o blazer, desabotoou toda a camisa... Aquele corpo escultural aguçava ainda mais meus desejos, queria aquele homem...

Invadi a cabine:

- Oh, desculpe-me senhor. Creio que entrei na cabine errada.

Com sagacidade, sorri.

- Não tem que se preocupar senhorita. Equívocos acontecem... o navio é grande, são tantas cabines. Creio que esteja perdida e irá precisar de ajuda para localizar seus aposentos, não?

- Agora que me sentei, vejo que estou um pouco tonta, acredito ter tomado alguns chapagnes a mais... Oh! Que vergonha!

Sentia minha meu rosto esquentar, com certeza estava rubra.

- Não se preocupe senhorita, sinta-se a vontade.

- Posso me descalçar por um instante? Saltos cansam meus pés.

Rapidamente ele se abaixou, retirou meus sapatos e massageou meus pés.

- Que pés delicados, ele admirava.

Enquanto acariciava-os suavemente, me seduzia pelo olhar, sorria com ar maroto. Eu não fui capaz de sair dessa situação, compreendia todos os sinais...

Aos poucos, suas mãos foram subindo, massageando minhas pernas. Foi projetando seu corpo sobre o meu, foi se aproximando, olhava fixamente em meus olhos. Entrelaçou seus braços pelo meu pescoço e me beijou ardentemente, exprimiu ali seus desejos.

Suas mãos queriam dizer algo, corriam explorando toda a extensão das minhas costas, deslizando dos ombros ao quadril.

Eu estava rendida ao calor dos beijos, ao toque, ao cheiro. Suavemente desatarraxou o fecho da gola e vestido que deslizou sobre meu corpo como areia que escorre entre os dedos. Olhei-o fixamente, as palavras não se faziam mais necessárias e o corpo falava por si só. Puxei-o em direção a mim, tencionei minhas mãos em suas costas e desci cravando meus dedos em sua pele; desabotoei a calça... enquanto sentia sua respiração cada vez mais ofegante ao pé dos meus ouvidos.

Momentos depois estávamos jogados sob os lençóis e o sol da manhã nos tocava docemente.


=)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Além da Lucidez

À medida que envelheço
Enlouqueço.
Tudo está pelo avesso:
Possuo as estrelas do mar
E fico no céu a ver navios.
Se a vida está por um fio
Luto para não me matar.
Escrevo certo em linhas tortas
E nas linhas que se cruzam
Sou torturado.
Já bati em tantas portas
Com o coração degredado.
Em muitas encontrei abrigo,
Mas o que eu queria era um amigo.
Tentei comprar com ouro,
Mas a amizade não tem preço:
Ela já é um tesouro!
E à medida que procuro
Simplesmente envelheço...
Simplesmente enlouqueço...

sábado, 7 de junho de 2008

Estela

Não que quisesse, mas estava só.
Sentada à janela de seu conjugado, a lua cintilava um cinza angustiante sobre seu peito e prateava seu wisky, sutilmente. Seu olhar vago era suplicante. Ora bebericava de seu copo, ora tragava de seu bali. E aquele piano vizinho entoava notas de solidão e esquecimento. Toda ela era cinza. Aquela solidão era cinza. As paredes do seu cômodo eram cinza. O parapeito onde se apoiava, mais parecia uma lápide de madeira lascada. Uma lápide olvidada.
Seu momento era; Não estava, nem parecia. Aquele silêncio seria eterno, não fossem as notas que lhe soavam, dando-lhe certa dimensão do tempo. Seca. Não fosse pelo seu wisky, completamente seca. Tristeza desacompanhada de lágrimas; pensamentos envoltos pelo nevoeiro da noite sem estrelas, que se fazia uno com a fumaça do seu bali. O que será daquela lua mórbida e pálida? Parada e quem sabe, também, iludida como ela, Estela - sem se não, sem por quê, sem nada. Toda ela era uma seca chaga.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Porto Alegre

Ir pra lá buscar meu norte
Num golpe de sorte chegar ao extremo
A nado ou de remo
Depois descansar tranqüilo
Num porto seguro.
Ir para não sei onde
Num golpe de sorte
Derrubar o forte em que te escondes
Chegar perto do farol
E perder o medo do escuro.
Trazendo um pouco de alegria
Perto do porto o navio passa e apita
Querendo deixar tudo para trás
E ancorar no cais.
Cansado de tanto mar
Chego para conjugar
Em primeira pessoa
O verbo amar.

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?


Canção de Oswaldo Montenegro, postada com carinho especial para meu mais novo amigo, mesmo que virtual, Alcides.
Querido, eu conhecia essa música sim, mas não me atentei ao nome (aqui em off, sou péssima para nomes de músicas, autores, obras, etc, etc, etc.. rs)
Ela já foi conteúdo para as apresentações que circulam pela web.
Mas pensemos... é um retrato do nosso crescimento, de como deixamos nossa vida pessoal de lado para assumirmos uma postura profissional, para formarmos nossa família, sustentarmos a casa e assim vai...
É uma reflexão, eu diria que mais serena sobre a crise dos "vinte e poucos anos" é um complemento. Valeu pela dica...
=)

terça-feira, 3 de junho de 2008

VINTE E POUCOS ANOS

É entrar na "crise de um quarto de vida".

É quando você pára de sair com a galera e começa a perceber muitas coisas sobre você, que você mesmo não conhece e pode não gostar disso. Você começa a se sentir inseguro e pensar sobre onde você vai estar daqui a um ano ou dois, mas de repente se sente inseguro porque você mal sabe onde está agora. Começa a perceber que talvez, aqueles amigos que você pensou que eram tão próximos, não são exatamente as melhores pessoas do mundo, e pessoas que você perdeu o contato eram algumas das mais importantes.

Você olha para seu emprego... e não é nem perto do que você imaginava que seria.
Suas opiniões se tornaram mais fortes.

Você vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando mais do que o nunca, porque você percebe que desenvolveu certos limites na sua vida e está constantemente adicionando coisas na sua lista do que é aceitável e o que não é.

Em um minuto, você está inseguro e, no próximo, seguro.

Você ri e chora com a mais facilidade. Você se sente sozinho, assustado e confuso. De repente, a mudança é sua maior inimiga e você tenta se agarrar ao passado, mas logo percebe que o passado está cada vez mais longe, e não há nada a se fazer a não ser ficar onde está, ou caminhar para a frente.

Você tem seu coração quebrado e pensa como alguém que você amava tanto pôde causar tanto estrago em você. Ou você fica deitado na cama e pensa por que você não encontra alguém decente o suficiente para passar o resto da vida. Ou às vezes você ama alguém que ama um outro alguém. Ou simplesmente aquela relação que tinha a aprovação de todos não dá certo, simplesmente pq a opinião dos outros não impota,ja que vc não aprova a relação.

Ficar com alguém por uma noite ou galinhar começam a parecer ridículos. Agir como um idiota se torna patético.
Você sente as mesmas coisas e enfrenta as mesmas questões de novo e de novo, e conversa com seus colegas sobre as mesmas coisas porque você não consegue tomar decisões.

Você se preocupa sobre empréstimos, dinheiro, o futuro e construir sua própria vida... e enquanto ganhar a corrida seria maravilhoso, neste momento você gostaria apenas de participar... O que você pode não perceber é que todos que lêem isto encontram algo em comum. Estamos em uma das melhores e piores épocas da vida, tentando o máximo que podemos para acabar com isso. Muita gente vai ler e perceber q não está sozinho no meio dessa confusão!

Esse texto eu li pela primeira vez em 2004, recebi de alguem via e-mail. Gosto muito dele pq reflete exatamente todos os dilemas e conflitos de um jovem adulto. Assumir a postura adulta, o que a sociedade enfim espera de você, etc, etc, etc...
Leia e tire suas conclusões...
O autor??? Sei lá...
=)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

(Composição: Chico Buarque)

Quem me vê sempre parado, distante garante que eu não sei sambar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar