quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

INTERPRETAÇÃO AO NOSSO MODO

A interpretação de um texto, a compreensão de uma notícia falada na TV ou até mesmo a decodificação uma conversa entre amigos é sempre muito subjetivo, pois nos valemos daquilo que temos como verdade: as nossas referências, os nossos conceitos, os nossos valores pautados então naquilo que vivenciamos.
Assim diz Nietzsche: “interpretes de texto são sempre desonestos... não intencionalmente, é claro, mas não conseguem transcender seu próprio contexto histórico. Aliás, nem seu próprio contexto autobiográfico”
A leitura nos oferece uma gama de novos conceitos que nos possibilitam formar novos valores, mas conseguiremos nós nos transpor à mente, tempo e espaço do autor?
Abriremos mão de nossos juízos para compreender (ao menos tentar) nosso semelhante?

=)

2 comentários:

A Palavra Mágica disse...

Tatha,

Penso que é quase impossível abrirmos mão de nossos juízos para compreendermos (ou ao menos tentar), nosso semelhante.

Senão vejamos:

Imagine um caboclo nos confins do sertão tocando sua boiada e sua vida. O que ele sabe sobre o aeroporto ou do trânsito nas marginais?

Agora dá uma viola na mão dele e veja o que é capaz de fazer...

Freud não explica estas coisas, Nietzsche muito menos, mas por mais que tentemos, sempre nos esbarramos nas nossas referências, nos nossos valores, ou falsos valores. Porém quando lemos determinados textos, ou somos praticamente expulsos da ideia do autor, tamanha a sua diferença de valores e ideais, ou interpretamos à nossa maneira, como o sertanejo em sua roça conhece tão bem a gravidez da terra.

Um beijo!
Alcides

_TaTHa_ disse...

Alcides!

Adoro suas visitinhas...
Concordo que seja dificil abrir mão dos conceitos, mas tentar coloca-se no lugar do interlocutor e viver, nem que seja mentalmente, por alguns instantes a realidade de quem fala. Empatia!
Chave não somente de uma boa comunicação, mas também dos bons negócios, não?
Não sou professora, mas imagino que para ensinar uma criança, seja necessário transpor ao universo infantil...
Um cliente se identifica com uma marca, uma empresa quando esta consegue vivenciar a necessidade do cliente. Logo, a compensão da comunicação é mais efetiva quando consegue-se essa transposição.
Não acha?

=)