terça-feira, 6 de novembro de 2012

NASCE UMA BALZAQUIANA




É engraçado...
Quando somos crianças, queremos ser grande. Quando crescemos, queremos voltar a ser criança e assim começamos a sentir saudade. Rever alguns conceitos, pensar, repensar, refletir.
Então relembro o tempo em que era apenas uma garotinha e não tinha obrigações, tudo era brincadeira! Quando adolescente, apenas estudar.
E cá entre nós, frequentar o colégio não era tão ruim assim...
Eu confesso, foi o melhor tempo da minha vida!
As travessuras durante as aulas: piadinhas, bilhetes trocados, colas e conversa paralela. Os almoços com a turma eram praticamente uma invasão juvenil no restaurante. O intervalo, a cantina e a preguiça de retornar à aula. Tudo vai ficar na memória
Naquela época os grupos de estudo não passavam de uma oportunidade para fofocar, estar mais um período com os amigos e se divertir. OK! Podemos dizer que em algum momento nós estudávamos.
Os fins de semana tinham programações imensas, tudo era minuciosamente planejado já na 2ª feira e o sábado era, sem dúvida, o dia mais esperados. Era o dia da balada, da festa, do baile. Era o dia de ver os paqueras. E todos os garotos eram definitivamente verdadeiros príncipes encantados.
Ao fim da festa, suspiros e mais suspiros...
Ah... como era bom!
A faculdade já exigiu mais, afinal, com 18-20 anos, espera-se outra postura de um universitário. É o momento da escolha da profissão e do preparo para a vida adulta.
O mundo é mal, o mercado é cruel e não há perdão!
A sociedade espera uma postura profissional, sucesso, uma família construída, obrigações cumpridas, deveres em dia, ética, responsabilidade. Acabou a diversão e tudo tem hora! Mas o tempo não perdoa. Ele voa e escorre entre os dedos.
Quinze anos, vinte anos, trinta anos.
Nasce uma balzaquiana!
Um filme passa em nossa memória. Os pais que antes eram caretas, hoje fazem falta, os amigos estarão sempre ao nosso lado, os colegas menos íntimos cumpriram sua missão, acrescentaram alguma lição, deixaram um aprendizado e seguiram o seu respectivo caminho. Os amores, ah, os amores são sempre inesquecíveis...
Como dizia Osho, “Envelhecer qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos, somente uns poucos reivindicam esse direito”. Temos então oportunidade de aprender com as nossas experiências e melhorar a cada dia, a cada novo ciclo, uma nova experiência, um aprendizado.
A maturidade nos dá mais traz tolerância, mais paciência e mais calma. Confere segurança, permite autoconhecimento, expande os limites, amplia os horizontes e mostra a vida de outra forma.
Só sei que durante todo esse percurso, chorei, machuquei e aprendi. Porque afinal, eu vivi!



“A mulher de 30 anos tem atrativos irresistíveis”
(Honoré de Balzac)


=)





2 comentários:

A Palavra Mágica disse...

Parabéns a esta Balzaquiana!

Beijos!
Alcides

_TaTHa_ disse...

Obrigada, Alcides
Bjs
=)