terça-feira, 26 de maio de 2009

Wordless

Mas o que vc esta olhando?
Você ainda esta olhando...
Você me procura ,me olha e me busca.
Busca, porque quando penso que já acabou, que estou livre do seu olhar e que isso tudo está resolvido, lá vêm eles de novo: seus dois olhos e seus diálogos interminavelmente profundos. Eles vêm me resgatar quando me dizem: “Olha eu aqui!”
Eu fico o tempo todo querendo provar ao mundo o que sou, quem eu sou. Mas diante dos seus olhos, é como se eu não precisasse disso. Eu não preciso disso. Eles vêm me dizer: “Silêncio agora”!.
Eles me dizem no silêncio.
Eu fico o tempo todo me esforçando por provar a pessoas sem valor, o meu valor. Mas vc me diz: “Eu te sei. Descansa agora.” E esse seu olhar vem me lembrar o de Cristo.
E você é tão cristao quanto não consigo ser.


domingo, 24 de maio de 2009

FRASE DO DIA...

Por que esquemos aquilo que não pode ser esquecido e não conseguimos esquecer o que precisa ser esquecido????

=)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Conto das Antigas


Miriam era uma mulher bonita. Alta, cachos negros, olhos vivos, desenho forte, confiante. Médica. Casada com Joaquim, um novo carcamano. Alguns anos mais jovem que sua esposa, mas parecia mais velho bem o dobro da idade que lhe davam. Estava sempre apegado `as suas idéias velhas, conservadoras, cheias de pó e juízo. Encontrava tempo para o seu piano e para suas reclamações costumeiras. Quase nada estava bom o dia todo – fora a sua música. Para Joaquim, os lugares bons eram sempre os mesmos – os mesmos velhos conhecidos e baratos!
Catarina tinha amizade pelos dois. Eram um casal que ninguém sabia se eram ou não. Ela era muito sociável. Estava sempre na maioria das festas e proporcionava também essas reuniões com os amigos sempre que dava espaço a sua agenda. Viajava muito, sorria bastante, gostava de cores – e essas lhe davam o sabor e o humor do dia. A fase era os tons de beringela. Espiritualizada e desejando sempre querer ser melhor, Catarina observava todas as coisas sempre, para obter a sabedoria que todos os dias pedia a Deus. Queria ser uma das 10 do harém de Salomão, a preferida do Rei. Catarina tinha muitos pretendentes, mas procurava alguém que de fato, lhe tocasse o coração. Estava disposta a ser do seu marido. Rogava a Deus pelo seu José. E esperava com alegria todos os dias, pois, cada dia que passava era sim um dia a menos de espera. Pele branca, cabelos escuros, olhos cor de mel. Assim era a Catarina, sempre a sorrir e a dar festas.
O fato é que sim, ela já tinha se apaixonado algumas vezes, e com isso, já tinha se lastimado até a enfermidade tantas vezes se apaixonou. Joaquim estava lá e fazia parte dessas feridas. Ele foi quem a alertou sobre várias coisas sobre a vida quando ainda não sabia nada. Catarina fora noiva por 12 anos de Julião, o filho do prefeito da cidade, de familia conhecida e renomada. Julião era sim o genro que toda a sogra gostaria de ter. E não era pouca a cobrança dos familiares para que se casassem. Mas já não estava tão feliz assim, quando conheceu Joaquim. Era músico, poeta, filosofo e antropólogo. E dentre as coisas das quais era especialista, era em compreender a alma de Catarina. Disse-lhe certa vez, que as flores tem cheiro, cada uma o seu; que era lindo ouvir os pássaros, pois não havia um que fosse desafinado;que ser quem se é, é bom e que uma vida medíocre não vale a pena. A cada encontro, Catarina se questionava sobre a sua vida e pedia a Deus que lhe concedesse uma vida diferente. Queria saber como era o cheiro das flores e queria poder entender o canto dos pássaros. Pedia a Deus que lhe permitisse ser quem era, e disse também que não importava a cadeira de primeira-dama. Queria era viver. O tempo passava entre sair com os amigos casados, a ir a igreja, e a brigar com Joaquim. Cada vez que ele lhe dizia o que se passava em seu coração, eles brigavam. Joaquim a levava a conhecer seu mundo. Ensinou-lhe a respeito de música, de cinema alternativo, da poesia das coisas, das suas coisas velhas... e Catarina foi aos poucos amando estar ali – pois, como ele, também era de raizes fundas. Joaquim falou-lhe de amor, e mais ainda, mostrou-lhe o amor. Mostrou e deu a ela seu coração – cru, nu. Era aquilo mesmo. Uma paixão de tudo e de si mesmo o que ele tinha a oferecer a ela – todo ele. Todo. Catarina não entendia dessas coisas e achou que estava louca, pois apaixonou-se perdidamente por Joaquim e nao sabia o que era. Pela primeira vez na vida viu-se sem dominio algum de si.
Enquanto Catarina queimava em febre por Joaquim, Miriam pedia-lhe auxilio pois sentia seu marido diferente em casa. Mais agressivo talvez, ou mais doce – quem vai saber? Catarina aconselhava da melhor forma a amiga. Queria que eles se acertassem, queria ficar bem com seu noivo e queria que tudo voltasse ao normal. Mas parece que quanto mais queria, menos acontecia. Numa ocasião, estavam os três com amigos em um campo de golfe. Joaquim pediu 2 minutos da atenção de Catarina, para dizer-lhe que pretendia se separar de Miriam. Catarina, de pronto, disse que isso era insano. Que tudo ia ficar bem, que insistisse em reconquistar sua esposa. Ele disse então, que não era um conselho o que buscava, mas apenas estava dizendo o que ia fazer. Uma semana depois, Catarina recebe uma correspondência de Miriam, pedindo-lhe que conversasse com seu marido, pois tinha pedido a separação. Miriam pediu-lhe em nome da amizade e pelo amor de Deus. Catarina disse que ia rezar, apenas para confortar a amiga. Mas sabia da posição de Joaquim – e resolveu não falar.
Miriam mais parecia uma figura ao lado de Joaquim. Alguém que servia para acompanhá-lo nos eventos sociais. Não davam as mãos, não se beijavam, não se olhavam. Era como se fossem dois irmãos. Miriam tinha, inclusive, certo receio de falar ao marido. Receio de seu gênio. Receio de sempre piorar. Por isso, era sempre obediente e se mostrava sempre contente, disposta.
Passaram-se os anos. Catarina e Julião romperam o noivado, ela mudou-se da cidade e foi conhecer o mundo. Nunca mais soube do casal. Certa data, recebeu um convite de Carolina, uma amiga muito estimada e de longa data. Era o baile de 15 anos de sua filha, Sofia. Catarina estava lá. Foi linda, para homenagear a amiga. Estava de longo bordô, luvas longas, usava prata e brilhantes. Foi com seu irmão, Ricardo. Lá estavam também Miriam e Joaquim. Ele mudou. Os cabelos cresceram. Mas Miriam, nada. Continuava com a mesma tez que tinha aos 20 anos. Então os olhares se cruzaram. Catarina tentou evitar esse momento o quanto pôde. Mas não resistiu, afinal. Olhou e viu que nada mudou. Nada, nada tinha mudado desde tantos anos, desde sempre. E Joaquim continuava a ser o entendedor de todas as suas entrelinhas. Na mesa, o silêncio dos dois incomodava Miriam. Ela sabia bem daquele diálogo. Miriam tratava de cuidar que Joaquim não ficasse só. Por qualquer motivo, tomava logo a palavra, tirando-lhe o foco da velha amiga. Catarina também, não insistiu. Não queria nenhum tipo de constrangimento ou culpa para si. Dançou, divertiu-se a festa toda. Cumprimentou a todos e cumpriu ‘a risca fazer a social e ser a mais agradável possível. Contudo, não pode evitar dançar com Joaquim. Catou-lhe o braço em uma música nada suspeita. Sem letra romântica, nem nada que pudesse criar um clima e levá-los ao pecado. Joaquim sabia o tempo que tinha com ela. Tinha dois minutos para sugar-lhe toda a água, matar toda a saudade de tê-la nos braços, dizer-lhe com suas mãos grossas o quanto ele sentia sua falta, o quanto ele ainda a amava, o quanto ele sempre a tivera amado. Joaquim, entendedor das coisas de Catarina, disse tudo isso em breves dois minutos. E ela entendeu – cada palavra em suas mãos e no roçar de seu rosto.
Ao fim da festa, dividiam-se as caronas em caravanas. Joaquim, indisposto, se recusava a fazer as vezes. Não queria levar ninguém, pois morava mais afastado da cidade. Pediu que Catarina e Ricardo levassem seus convidados. Como eram muitos, Catarina insistiu que Joaquim fizesse aquela gentileza. Ele ainda argumentava quando Catarina, já energica, disse: “Será que vocè pode fazer caridade?” Joaquim, de pronto, acatou. Miriam ficava pasma perante a obediencia dele ‘a voz de Catarina. Ela conseguia coisas como amiga que, como esposa, nunca alcançara. Miriam não tinha voz com o marido, nem nunca teve. Sabia que Catarina tinha força com seu marido, mas nunca tinha participado de um diálogo como esse antes. Miriam lançou um olhar espantado para Catarina, quem preferiu ignorar.
Caravanas feitas, Catarina foi tomar um café. Joaquim passou por trás dela e lhe deu uma sova ardida nas costas, na parte nua do vestido. Ela: “ Delicado...” ele: “Amor da minha vida” e riu. Um riso discreto e afirmativo. Ela riu também, olhando para a mesa. Não quis mais olhar para ele. E pensou: “Como pode ser? Já se passaram tantos e tantos anos! Será? “ E a duvida pairava mesmo. Até que, por fim, nos beijos de despedida, Joaquim rouba-lhe um beijo dos lábios, muito rápido e sorrateiro. Depois vira e vai embora. Ao seu beijo, seguiu o abraço simples e nada acalorado de Miriam.
Catarina pegou no braço de Ricardo, e foi embora com a sua caravana, pensando em como ela teve coragem para ter sua vida, e como Joaquim, até hoje, não pòde seguir seus prórpios conselhos. Como Joaquim pôde ter escolhido essa vida mediocre e ficar com Miriam, num dos relacionamentos mais egoistas possivel ao ser humano – onde um vive das migalhas do amor de um segundo a outrem.

Medíocre

Era um homem que não sabia amar.
Não sabia amar o céu, nem o mar. Não sabia entregar, doar. Sabia ser egoísta. Isso sabia.
Nada ouvia, mas tudo criticava. O seu ponto de vista era o do limite do umbigo.
Mas sonhava. Sonhava e sonhava. E fazia dos seus sonhos a sua realidade. E bastava. E a vida era isso. Esperava no sonho a realidade. Mas viver, não. Não vivia.
O sonho até acontecia – pois Deus tem miseriórdia. Mas ele não sabia.
O sonho passava e ele, ao invés de viver, só sonhava.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma coisa inspiradora...

Nao sei como ela ainda consegue me tirar poesia...!
Em uma das minhas aulas na faculdade de Letras a Mestra explicava que, a um escritor, um ovo, ou uma perna de cadeira pode ser motivo de inspiração. A mim, várias coisas me inspiram a escrever. Mas uma inspira mais.
Sentimentos me inspiram – o que é o mais comum. Novas amizades, uma musica, uma cor, um estado de espírito. Estar sozinha em dia de frio, me inspira. Tem leituras que me inspiram. As musicas do Chico Buarque e as da Laura Pausini são excelentes fontes. Mas tem algo que sempre me rende poesia, e ainda me inspira mais.
Ver determinada situação na TV, ou a conversa de uma amiga já me renderam textos também. É preciso estar inclinado ‘a crònica ou ao conto, para tirar historia das coisas. E, ao final do dia, sempre sai algo, sempre penso em algo. Mas tem uma coisa que me inspira, independente de qualquer estado de graça que eu esteja para escrever. Tem uma coisa que acaba sendo a minha fonte. É mesmo uma fonte, pois sou capaz de escrever vários e vários temas a respeito dela.
É mesmo uma coisa. É um ser complexo. Eu posso estar com o coração mais duro do planeta, mais duro que um diamante, aliás. Mas ainda sim, sou capaz de dar uma boa poesia, no mínimo, ‘a vista dessa coisa.
Nao sei como é isso direito. Tampouco saberei explicar. Só sei que, quando a vejo, eu preciso logo escrever. Para me esvaziar disso, da coisa, sabe como eh?
Pois é, eu não sei também. Mas sei que se não o faço, essa coisa não me sai da cabeça. E é como praga. E fica ali, eterna como praga. Então, eu prefiro escrever, pois assim, fica impregnada no papel, e não mais na minha cabeça.
Esses dias achei uma foto dessa coisa, em uma caixa de fotografias de coisas antigas. Sabe aquelas velharias que vez ou outra a gente pega para rever: Então. Estava lá. Pronto. Eu já tinha esquecido. Juro. Mas foi bater os olhos ali e ela me dizer tudo de novo, das minhas coisas. Me disse o quanto eu gosto de escrever, me fez lembrar o quão feliz eu era enquanto a tinha, e o quanto eu ainda sinto saudades dessa...coisa. Essa coisa que não tem nome e nem explicação. Essa coisa que sempre me faz lembrar de todos os meus conflitos. Essa coisa me leva ao amargo de mim e me faz deparar com minhas dores e também com meus sonhos mais fortes. Essa coisa nunca me deixa esquecer quem sou e como sou. Foi por causa dela que me revelei assim. Assim como sou agora – porque eu era outra. Por causa desa coisa, muita coisa mudou em mim. Eu me tornei mais eu, mais humana. Daí, ela sumiu. E eu aprendi a andar de bicicleta sem as rodinhas – pois não tinha mais ninguém para me segurar.
Então, eu acho que é isso. Quando eu me deparo com essa coisa, eu lembro mesmo é de mim. E, como algo meio que assim narcisista, a minha maior fonte de inspiração, deva ser eu mesma.

A VISITA AO SAFARI

Carlinha é uma menina muito esperta e ainda está descobrindo o mundo. Com apenas 5 anos, tudo quer saber, tudo pergunta, tudo investiga. Muito inteligente, é destaque entre os demais coleguinhas de classe, que a tem como exemplo. E em sala de aula, sempre os ajuda com as atividades.

Seus pais, vendo a curiosidade latente da pequenina, estimulam e instigam essa sede por conhecimento: dão-lhe livros, levam-na ao zoológico, museu, fazem viagens, conhecem legares diferentes, contam-lhe a história de cada lugar, de cada povo, de cada construção. Em casa, rodeada por adultos, Carlinha se comporta como uma verdadeira mocinha. Ela é o orgulho dos pais: exemplo de filha, de aluna.

Em um belo domingo de outono, nenhuma nuvem no céu, apenas brilho radiante do sol. A família resolve fazer um piquenique e um safári, para que a menina possa ter mais contato com a natureza e conhecer os animais em seu habitat.

Para o piquenique a mamãe preparou um delicioso lanche com presunto e queijo, chocolate quente, suco de laranja, frutas e a sua especialidade: rocambole com geléia de morango. Todos se reuniram em volta da toalha xadrez, sentaram-se na grama, fizeram o desjejum, em seguida saíram animados para a aventura.

Antes de subir no jipe que os levariam ao passeio, os pais orientaram a pequena.

- Carlinha, meu bem, não coloque a mãozinha nos bichinhos, eles tem medo de você e podem te morder e te machucar. Por isso, quando descermos do carro, fique junto de nós e do titio (referindo-se ao guia que os acompanharia).

Obediente, ela apenas sinalizou positivamente com a cabeça.

Seguiram o passeio.

Carlinha estava encantada, não sabia o que olhar primeiro. Apontava e comentava todos os detalhes com a sua mãe:

- Mamãe a arara... viu... que linda ela voando.

- E aquele bicho lá com o bico amarelo como chama? Que lindo! O que ele faz? Para que ele serve?

- Querida, aquele é o tucano, uma ave típica das florestas da América do Sul. Realmente é muito bonito. Veja o bico dele como parece de plástico. E é bem forte. Ele se alimenta de frutinhas e de alguns bichinhos.

- E esse outro aqui perto de nós, mãe! Olha ele na árvore, ele vai voar?

Atenciosa, a mãe responde sorrindo à observação da garotinha:

- Esse é o mico-leão... rs. Um macaquinho bem esperto e muito ágil. Ele pula de árvore em árvore, corre entre os galhos. O rabo comprido dá equilíbrio para os saltos. De Ele já está em extinção, existem bem poucos na natureza e se não cuidarmos, logo ele não existirá mais.

Em uma savana, o carro para e os turistas descem do carro, se refrescam no lago, lavando o rosto, molhando as mãos e abastecendo os cantis com a água límpida e cristalina.

Não muito distante dali, um bando de zebras passeava e ao longe avistava-se algumas girafas se alimentando.

Carlinha observava atentamente cada detalhe. Movida pela curiosidade, lentamente foi se afastando dos pais. Ela avistara um pequeno leão que nascera no safári há apenas algumas semanas. A mãe do filhote não estava por perto e a garotinha ficou fascinada pelo pequeno peludo que caminhava lentamente, até um pouco desengonçado, em busca da mamãe leoa.

Aos poucos, ela foi chegando cada vez mais perto do pequeno leão. Sabia que a qualquer momento, o leãozinho poderia avançar, mas ela foi passo a passo se achegando ao felino. O animal exerce um encanto fascinante. Peludo, redondo, muito se assemelha a um ursinho de pelúcia, mas nesta versão, ele anda, corre, come.

Ele se deita próximo ao lago e a menina chega por trás e acaricia-o. De repente o bote: ele se contorce e lhe dá uma bela patada.

A garota, assustada, sai chorando, com o bracinho ferido.
Os pais se assustam ao ver aquilo. Rapidamente a mãe apanhou a menina em seus braços, correu para o jipe e junto com o guia, fez curativos.

Mais calma e ainda no colo da mãe, a conversa:

- Carlinha, você sabia que não deveria mexer nos bichos selvagens, não é mesmo? A mamãe já tinha lhe falado. Eles são imprevisíveis.

Cabisbaixa, ela apenas movimentava a cabeça para cima e para baixo

- Minha filha, você sabia que poderia se machucar e mesmo assim foi até lá perturbar o leãozinho. Ele se assustou com você e como defesa, ele avançou.

- Mas mãe, eu só queria vê-lo. Ele é tão fofinho. É igual o Ted.

- Querida, o Ted é o seu ursinho e ele fica na sua cama. Esse leãozinho mora aqui no safári e é selvagem. Você sabia de todas as conseqüências e mesmo assim foi lá perturbar o passeio dele.

- Desculpa mamãe, desculpas

- Está bem, meu anjo, não chore mais. Está tudo bem. Vamos pra casa agora.


=)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um texto definitivo para o meu profile

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir
De entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
E se me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar
Gosto dos venenos, os mais lentos!
As bebidas, as mais fortes!
Dos cafés mais amargos!
E os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco
Que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!!!
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver:
A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!
Que minha solidão me sirva de companhia
Que eu tenha a coragem de me enfrentar
Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome
Sou como você me vê, posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania,
depende de quando e como você me vê passar.

Clarice Lipector

O melhor texto e a melhor descrição que eu achei para colocar no profile do meu orkut. Magnifico esse texto.
Não preciso falar mais nada, não é mesmo...rs

=)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ode a você

Mais uma vez vou publicar um poema escrito por um conhecido
Mas desta vez, com muita dor no coração...
Imagino o quanto não sofra essa pessoa para que surjam palavras tão rudes, com tanto ódio e amargura. E mais, jogá-las no papel perpetuando o sentimento, deixando a ferida sempre vulnerável à lembrança...
A dor deve ser tamanha...
Mas enfim, como disse em post anterior, como compreender os sentimentos, não é mesmo?
Vale a leitura e a intensidade do poema.

=)



Ode a Você

Você tentou tornar fidelidade em infidelidade
Você tentou tornar confiança em insegurança
Você tentou plantar insensibilidade no coração sensível

Com amargura escrevo esses versos

Você tentou plantar mentiras nas verdades
Você tentou contar estrelas em outros céus
Você tentou ludibriar justo quem abriu a porta

Com tristeza escrevo esses versos

Você tentou cravar facas na minha porta
Você tentou sabotar o amor
Você tentou trazer o anti-amor

Com esperança escrevo esses versos

Que a infidelidade floreça um lindo campo de fidelidade na sua vida
Que o Anti-amor de frutos de muito amor na sua vida
Que das mentiras nasça um pomar de grandes árvores da verdade
Que da insensibilidade escorra um rio lindo de sensibilidade

Que a vida sorria com seu maior ardor
Mesmo com a dor que vc espalha pelo mundo

Versos que deviam ser de amor, são de providência.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

É A MINHA PAIXÃO

Acabada, fisicamente destruída, mas em êxtase profundo.
Um rubor quente que me sobe à face, os lábios estão roxos, a respiração intensa e ofegante. O suor molha minha roupa, percorre meu corpo e escorre pelas minhas costas. O coração bate em ritmo acelerado e o corpo corresponde rapidamente aos estímulos. Estou ligada, atenta.
Concentra, respira... e ao fundo ouço a voz que ecoa:
- Levanta o cotovelo, gira o quadril, fecha a guarda!
- Respira, solta o ar pela boca. Bate sequinho e volta. Vai! Vai! Vai!
Pode até parecer estranho para que lê, mas essa cena faz parte do meu cotidiano, dos meus treinos, da minha vida fora do binômio escritório-computador.
Sou praticante de sanshou, também conhecido como boxe chinês - técnica de luta que consiste em socos, chutes e queda.
O esporte se tornou a minha paixão, minha válvula de escape, meu tranqüilizante, meu porto seguro. É mais que um mero exercício físico, é mais que pura estética. É adrenalina, controle do corpo e da mente. É uma estratégia de combate, uma arte marcial. É a busca da perfeição na beleza do movimento e na plasticidade da luta.


“O sanshou (散手, literalmente, punhos livres) é a forma desportiva de combate dentro do Kung-Fu. Sem perder potencial marcial, ele difere do combate tradicional por não empregar técnicas excessivamente perigosas como torções localizadas e golpes contra pontos críticos ou vitais como olhos, garganta, joelhos e genitais. Mesmo sem partir para golpes drásticos, porém, um bom lutador de Sanshou é - tecnicamente falando - um adversário absolutamente digno de respeito. Como o combate tradicional, o sanshou exige técnica apurada, velocidade, preparo físico intenso e a noção exata de equilíbrio e tempo.”


=)

terça-feira, 12 de maio de 2009

FRASE DO DIA...

Para que nos servem os sentimentos senão para desenvolver nosso intelecto na insana tentativa de compreende-los.

=)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

RENDA-SE

Sou como a brisa que te toca suavemente,
que acaricia tua pele e em poucos minutos me transformo
num tornado que arrasta todos os teus sentimentos,
que bagunça tua razão e te deixa nu,
Está desarmado, perdido.
Tudo isso te assusta? Por quê?
Porque fujo do teu controle?
Porque surpreendo-te a cada passo?
Porque evoco teus sentidos?
Porque consumo suas forças e não saio do teu pensamento.
Renda-se!

=)

sábado, 9 de maio de 2009

(sem título)

Somos tão diferentes
que chegamos a ser iguais
eu penso e você já diz que não é
eu choro, você ri

Mas os corações parecem unidos
como se não reconhecessem essa diferença
Você quer que tenham medo de você
mas o sentimento que tenho é outro

Tenho medo sim, mas não de você,
Mas de não vê-lo mais, pois diante de você sou mais forte
te encaro, mas te beijaria
falo alto, mas falaria baixinho ao pé do seu ouvido
desvio olhar, mas olharia fixamente pros seus olhos
Apesas para dizer que te amo.


BY JONES

sábado, 2 de maio de 2009

O QUE É ESCREVER?

Sinta,
Cuspa,
Espernei,
Reflita,
Pense, pense, pense
O papel quer te ouvir, ele briga com você
Escreva... não... reescreva
Reescreva outra vez
Apague, reveja tudo de novo
Rabisque
Rasure
Organize seus pensamentos
Alinhe suas idéias
Crie suas hipóteses
Brigue com você
Tire suas conclusões...
Aliiiiiiiiiivio!!!!!

=)