quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma coisa inspiradora...

Nao sei como ela ainda consegue me tirar poesia...!
Em uma das minhas aulas na faculdade de Letras a Mestra explicava que, a um escritor, um ovo, ou uma perna de cadeira pode ser motivo de inspiração. A mim, várias coisas me inspiram a escrever. Mas uma inspira mais.
Sentimentos me inspiram – o que é o mais comum. Novas amizades, uma musica, uma cor, um estado de espírito. Estar sozinha em dia de frio, me inspira. Tem leituras que me inspiram. As musicas do Chico Buarque e as da Laura Pausini são excelentes fontes. Mas tem algo que sempre me rende poesia, e ainda me inspira mais.
Ver determinada situação na TV, ou a conversa de uma amiga já me renderam textos também. É preciso estar inclinado ‘a crònica ou ao conto, para tirar historia das coisas. E, ao final do dia, sempre sai algo, sempre penso em algo. Mas tem uma coisa que me inspira, independente de qualquer estado de graça que eu esteja para escrever. Tem uma coisa que acaba sendo a minha fonte. É mesmo uma fonte, pois sou capaz de escrever vários e vários temas a respeito dela.
É mesmo uma coisa. É um ser complexo. Eu posso estar com o coração mais duro do planeta, mais duro que um diamante, aliás. Mas ainda sim, sou capaz de dar uma boa poesia, no mínimo, ‘a vista dessa coisa.
Nao sei como é isso direito. Tampouco saberei explicar. Só sei que, quando a vejo, eu preciso logo escrever. Para me esvaziar disso, da coisa, sabe como eh?
Pois é, eu não sei também. Mas sei que se não o faço, essa coisa não me sai da cabeça. E é como praga. E fica ali, eterna como praga. Então, eu prefiro escrever, pois assim, fica impregnada no papel, e não mais na minha cabeça.
Esses dias achei uma foto dessa coisa, em uma caixa de fotografias de coisas antigas. Sabe aquelas velharias que vez ou outra a gente pega para rever: Então. Estava lá. Pronto. Eu já tinha esquecido. Juro. Mas foi bater os olhos ali e ela me dizer tudo de novo, das minhas coisas. Me disse o quanto eu gosto de escrever, me fez lembrar o quão feliz eu era enquanto a tinha, e o quanto eu ainda sinto saudades dessa...coisa. Essa coisa que não tem nome e nem explicação. Essa coisa que sempre me faz lembrar de todos os meus conflitos. Essa coisa me leva ao amargo de mim e me faz deparar com minhas dores e também com meus sonhos mais fortes. Essa coisa nunca me deixa esquecer quem sou e como sou. Foi por causa dela que me revelei assim. Assim como sou agora – porque eu era outra. Por causa desa coisa, muita coisa mudou em mim. Eu me tornei mais eu, mais humana. Daí, ela sumiu. E eu aprendi a andar de bicicleta sem as rodinhas – pois não tinha mais ninguém para me segurar.
Então, eu acho que é isso. Quando eu me deparo com essa coisa, eu lembro mesmo é de mim. E, como algo meio que assim narcisista, a minha maior fonte de inspiração, deva ser eu mesma.

3 comentários:

A Palavra Mágica disse...

Tatha,

Tem coisa que nos faz mal e ao mesmo tempo nos faz viver.

O final do seu texto foi libertador. Parabéns!

Beijos!
Alcides

_TaTHa_ disse...

Alcides...
Esse texto é da CRIS.
Ela deu as caras por aqui...rs
Essas coisas q nos fizeram bem, nos fazem mal é uma relação muito dificil e muito dolorida.
Até cicatrizar...
E a gente insiste em remexer.

=)

A Palavra Mágica disse...

Tatha e Irma,

Desculpem o mal entendido!

O comentário foi feito quase à uma da manhã. Na verdade eu li os dois textos e vi apenas a assinatura de postagem da menininha e o leão. Desculpem mais uma vez!

Cris,

Inspire-se, seja egocêntrica, narcisista, seja Você!

Agora que aprendeu a andar de bicicleta,não pare por aí, pegue uma moto, sinta o vento.

Se puder, visite o Abismo Noturno, ficarei feliz com sua presença.

Um beijo!
Alcides