quinta-feira, 20 de março de 2008

Canção de Orfeu

Ah! Que saudade do Orfeu!
Quando na noite as estrelas acendiam
E comtemplando-nas nossos sentidos ardiam
E a lua nos iluminava feliz.

Que saudade do Orfeu,
Quando cantava na madrugada
Implorando à sua amada um beijo,
O beijo de Adeus
Que ela, a Eurídice, colocava como obstáculo
apenas para ver a piedade estampada na face do amado seu.

Que saudade do Orfeu,
musicando seus poemas aos pés da sacada
em meio à madrugada,
cruzava a cidade apenas para dizer
que amava Eurídice do sonho teu!

“Minha querida, minha Amada!
Guardo-te tatuada, estampada no peito meu.
Nas batalhas te carrego
e és para mim, prêmio e consolação,
Descanso e frescor.
Meu lírio, meu amor!
Flor do campo mais bela,
dentre as belas, majestosa!
O perfume celeste emana da essência tua.
Contemplando tua face, gorjeiam as aves e
elevam-se os cantos da natureza.
Beleza mais digna de ti não há,
e canto suficiente para te expressar é pouco
Por isso, Eurídice, aqui, à rouco, dou-te meu pouco
que é meu tudo –
tudo o que te canto sou eu.”

4 comentários:

Flávia Fabri Cesário disse...

Ai, ai, ai! Lindo! Queria eu ter talento para escrever assim...
Beijos!

Anônimo disse...

Um comentário só é pouco.

A literatura de cordel, apesar de ser longa, não cansa por causa de sua musicalidade e a curiosidade do leitor pelo fim da história.Quanto ao seu poema, desculpe a ousadia de querer interpretá-lo, mas parece um misto de cantiga de amor com maldizer.Grande trovadora!

Alcides

Anônimo disse...

LINDO! (por falta de palavras para expressar a beleza)

Um beijo!

Alcides

Anônimo disse...

CRIS,

Desculpe a "errata". O comentário sobre a literatura de cordel está fora de contexto neste espaço.Meu maravilhoso computador pulou a página e voltou para Canção de Orfeu sem que eu tivesse notado.

Quanto à Canção de Orfeu, achei mais uma palavra, como diria a Dona Palmirinha: MA RA VI LHOSO AMIGUINHA!

Um beijo!

Alcides