terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Amar

Amar

A maneira como eu gosto de você
Não diz respeito a só você exatamente.
É o seu cigarro que eu tenho nojo,
Mas a sua mão fedida, eu até beijo;
São suas estrias, nessa barriga que já foi gorda,
Mas, em você elas caem como um adorno;
É seu dedo mindinho que é menor demais da conta,
Mas encaixa direitinho entre meus dedos;
É esse jeito gay que você tem ao sentar,
Que rídículo! Mas em você eu vejo charme;
É essa camisa de pequenique,
Que em você, faz estilo;
É esse seu jeito ranzinza e medonho;
É essa angústia do nada, as mentiras repentinas;
São seus exageros e seus dramas
E tudo o mais que possa verdadeiramente me irritar.

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