sexta-feira, 30 de maio de 2008

Só em São Paulo

Foto: Alcides










Vejo os primeiros pingos pelo vidro do carro
Pessoas apressadas fogem do temporal
E as nuvens anunciam que quem ficou pra trás
Vai sofrer na marginal.
Chego em casa e, na secretária,
Nenhum telefonema.
Ligo a tv
As notícias são sempre as mesmas:
Falam sobre o dólar e o tempo,
Eu queria saber algo mais.
Acabou a energia e não há nada a fazer
Senão fingir que estou bem
Depois ir pra cama dormir sem você.
Enquanto durmo a chuva bate na janela
Sonho que você voltou, é primavera
E acordo no meio da noite, você não está.
Enquanto durmo a chuva bate na janela
Acordo chorando e vejo a porta entreaberta
Por onde sempre espero você voltar.

Um comentário:

Lunatiquices disse...

Como você consegue? rs...um dia eu vou crescer e vou ser igual a você, e fazer um poema tão tocante, que arrepia. Beijocas!